sábado, 19 de abril de 2008

Um ano de perseguição "política e ideológica"

Faz hoje um ano que duas cententas de agentes da PJ e DCCB entraram nos domicílios de 50 pessoas à procura de livros, camisolas e autocolantes. Pelo caminho encontraram umas dez armas de fogo, outros tantos punhais e espadas de colecção, e os respectivos computadores pessoais ou profissionais. Doze dessas pessoas foram detidas pela Procuradora do Ministério Público. Presentes ao Tribunal de Instrução Criminal, um deles ficou em prisão preventiva, três em prisão domiciliária, os restantes com apresentações diárias ou semanais às autoridades. Não havia suspeitos de homicidios, violadores ou pedófilos, eram todos suspeitos de "discriminação racial ou religiosa". No julgamento que teve início em 8 de Abril, o chefe da investigação, Pedro Prata, teve oportunidade de opinar sobre aquilo que considera "criminalidade política e ideológica". O Director Nacional Adjunto da DCCB, Luís Neves, depois de várias horas a teorizar sobre o assunto e sobre "o perigo da extrema-direita", quando perguntado pelo Juiz João Felgar sobre se conhecia "actos concretos de discriminação racial, ou sua preparação", respondeu "não me recordo...". Era o Director Nacional Adjunto, que soube explicar actividades e datas de manifestações, mas não sabia de nenhum acto concreto de discriminação racial.

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